quinta-feira, março 01, 2007

Pequenina crónica de tempos revoltos


Há momentos em que nos assalta um sentimento estranho de perplexidade, de estupefacção, de perturbação, face a comportamentos, a silêncios, a atitudes, a actos, a acções e/ou omissões, aparentes ou reais, a situações difusas, mal percebidas, apenas entreabertas ou claramente perceptíveis.


Isto vem a propósito duma experiência recente, vivida entre amigos, construtores numa mesma "fraternitas".


Uma decisão, insuficientemente explicada e explicitada, provocou-me uma imensa vontade, necessidade e urgência de provocar uma ruptura, não só epistemológica, mas consistente, substantiva, funcional e, porventura, sem eu me dar conta de tal, até organizacional.


Isto foi construido, por mim, a partir dum certo ângulo de visão, numa perspectiva racional, assente em pressupostos quase inabaláveis e desenvolvido com uma lógica interna coesa, irreductível e quse inatacável.


Mas, e os "mas", no processo histórico, são, de quando em vez,decisivos e determinantes, olvidei-me da dimensão dos "afectos" que incorporam, SEMPRE, as "fraternitas". Erro grosseiro e sem remédio.


Os afectos, os de sinal positivo e os outros, de sinal contrário, quase que submergiram, por completo, a iniciativa "oposicionista".


Lição n.º 1

Nunca, nas "fraternitas" se deve olvidar os afectos, o calor dos sentimentos e a sua eficiência nas dinâmicas grupais;

Lição n.º 2

Nunca devemos assumir "absolutos". A nossa "verdade" nunca deve ser confundidda com a VERDADE.

Lição n.º 3

A humildade nunca fez mal a ninguém, nem à saúde, nem à psique.

Lição n.º4

Deve-se SEMPRE considerar e ter em conta as lições n.ºs 1, 2 e 3.


Contudo, mesmo quando, por impossibilidade material e espiritual, não detemos, nem TODA a verdade, nem a VERDADE, sabe MUITO bem tropeçármos na AMIZADE dos amigos!


Albergaria




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